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domingo, 11 de dezembro de 2011

Entrevista com Marina Silva

Entrevista com a educadora Marina Silva, onde ela fala um pouco de sua trajetória de vida.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Música estimula vida sexual dos jovens


Um estudo conduzido por pesquisadores americanos sugere que adolescentes que escutam músicas de conteúdo sexual depreciativo têm uma vida sexual mais ativa. A equipe da Universidade de Pittsburgh entrevistou 711 jovens dos 13 aos 18 anos de idade sobre suas vidas sexuais e hábitos musicais. Eles perceberam que os que ouviam músicas com versos sobre sexo explícito e agressivo regularmente, cerca de 17h por semana, tinham o dobro das chances de fazer mais sexo do que os que ouviam músicas apenas 2,7h no mesmo período. Os especialistas classificaram como letras vulgares as que descrevem o sexo como um ato puramente físico e relacionado a relações de poder, diz o estudo divulgado na publicação especializada American Journal of Preventative Medicine. (...)



Nota de Mishelson Borges: cada vez mais pesquisas deixam evidente o poder da música sobre a mente humana, o que deve chamar a atenção dos cristãos para os critérios de seleção do conteúdo musical ao qual eles se expõem. Some-se a isso a notícia recente sobre a maneira como o homem vê as mulheres semi-nuas, a influência dos programas de TV com conteúdo erótico na iniciação sexual precoce dos jovens, as letras depreciativas das músicas tipo funk e a maneira como a mulher é exposta em festas populares como o Carnaval (veja foto ao lado), e teremos uma ideia do tipo de sociedade em que estamos vivendo. Nossa dívida com Sodoma e Gomorra só aumenta...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Prostituição é o terceiro “negócio” mais rentável

Um estudo realizado na Espanha sugere que homens usam mais prostituição porque, ao contrário das mulheres, “sabem distinguir entre sexo e amor”. Segundo a pesquisa de dois anos da Universidade de Vigo sobre o perfil dos homens que usam prostitutas, o que eles valorizam no serviço é não ter que conquistar a mulher, nem ter que conversar com ela depois. Para a maioria dos entrevistados, seria uma sorte poder receber dinheiro por praticar sexo. Mais de 90% dos entrevistados consideram as relações sexuais pagas uma necessidade. “Analisamos as mudanças sociais dos últimos 30 anos e vemos a substituição do modelo patriarcal, do pai protetor-provedor pela volta do modelo ‘falocêntrico’, o colecionador de mulheres”, disse à BBC Brasil a socióloga Silvia Pérez Freire, uma das autoras do estudo. “O que motiva (o homem) a consumir serviços de prostituição é o desejo de fortalecer seu papel dominante. Ele acaba identificando o hábito como uma necessidade social”. [Leia mais...]

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sobre o ENEM...

"Prof. Elza que Deus te abençoe,só tenho uma coisa a lhe dizer eu não sou irresponsável e nunca irei ser.Jugar as pessoas só Deus, acho que você sabe.Não misture as coisas. Prof.Inácio Araújo."

A falta de argumentação do senhor secretário já diz alguma coisa sobre quem realmente tem uma parcela de culpa. Ele começa com a velha e "clichê" frase, que muitos usam quando querem se colocar como vítima e se apresentar aos olhos da população como inocente que está sendo injustiçado: "Deus te abençoe..."

Depois diz: "... só tenho uma coisa a dizer eu não sou irresponsável e nunca irei ser." Ou seja, não disse nada. O secretário, como pessoa pública, não só tem o direito de dizer que não é um irresponsável, mas tem o DEVER de dizer o POR QUE não é, para a população. De duas, uma. Ou argumenta o PORQUE ele não teve responsabilidade, ou reconhece que teve.

Depois, mais uma vez, ele volta a usar o discurso do "bom cristão", dizendo: "Jugar as pessoas só Deus..." Ai o senhor secretário "misturou as coisas". Ninguém o condenou ao céu ou inferno, mas apenas o criticou como secretário da educação do município, ou seja, ele é uma pessoa pública, e deve, sim, satisfação a população, aos alunos e pais de alunos. O que não ocorreu.

Finalmente, o professor termina com a seguinte frase: "Não misture as coisas." Eu pergunto: misturar o quê?

Sinceramente, esse comentário feito pelo prof. Inácio é uma falta de respeito com os pais e alunos.

>>> Carta e comentários

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

EUA, paladino dos direitos humanos?

Os americanos, por natureza democráticos, amantes da justiça e da imprensa livre, não mentem. Que bom! Por isso, não seria justo reclamar que Bin Laden morreu, embora até o momento não tenha aparecido nenhum corpo (foi jogado ao mar) e o democrata Obama tenha proibido a publicação das fotos. Não coloquemos cabelo em sapo nem proclamemos conspirações fantasiosas. Admitamos que se livrar do corpo para evitar que sua sepultura se transformasse em local de peregrinação foi coerente. Afinal, os americanos sempre e zelosamente pensam um passo à frente em relação à paz mundial, sempre estão dispostos a mobilizar exércitos para libertar povos pelo mundo. Se Bin Laden foi o monstro que dizem que foi, e tudo indica que foi, já foi tarde. A morte de pessoas que levam inocentes à morte não deve ser lamentada. Mas... e sempre tem de ter um “mas”: é aceitável que um país com ideais tão democráticos agrida de forma tão abominável os direitos humanos, na medida em que reconhece ter obtido o paradeiro do terrorista mediante tortura?

Toda moeda tem duas faces, mas só uma nos foi apresentada, e, pelo poder bélico que os EUA detêm, a exibição da outra nem foi questionada. Ou o torturado não era integrante do gênero humano, daqueles que, pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, tinha direito a um julgamento justo? Basta querer ler nas entrelinhas e ver que os EUA dizem ao mundo: “Em nome de nossas opiniões sobre justiça, nós podemos tudo, inclusive torturar. Vocês, outros, o resto do mundo não têm esse direito.”

Lamento sinceramente pelos 3.000 mortos das torres gêmeas. Eram inocentes. Morreram pelo ideal doentio de um monstro, mas localizado pela confissão sob tortura, como admitiu Obama.

Há menos de 150 anos, americanos mataram quase um milhão de americanos em sua guerra civil, sob a égide da mesma constituição a que ainda hoje cada um se subordina... ou deveria subordinar-se. Ambos os lados perseguiam um ideal. Uma constituição tão decantada e uma declaração universal de direitos tão idealista deveriam ser reescritas, ou se admita de vez que nem todos precisam obedecê-las, principalmente os mais fortes, formosos amantes da paz e da liberdade, guardiões do mundo, inimigos da tortura.

(Roberto Curt Dopheide é advogado. Texto publicado no Jornal de Santa Catarina, 9/5/11)


domingo, 4 de setembro de 2011

Sonhos de consumo: dá para viver sem eles

Diz uma velha história que o homem feliz não tinha camisa. Em plena sociedade de consumo, é impossível seguir o lema. Comprar faz parte do dia-a-dia, marca as relações sociais, é a base da economia. O problema é que o consumismo chegou a níveis insanos no mundo, aumentando a demanda por matéria-prima, a produção de lixo, a pressão sobre o meio ambiente. Resolver essa equação não é simples, mas precisamos encarar. Um relatório da organização WWF mostra que consumimos 30% acima da capacidade regenerativa do planeta. Se a tendência não mudar, em 2030 seriam necessárias duas Terras para suprir tal demanda. O relatório Planeta Vivo mostra ainda que tamanha pressão levou à perda de 30% da biodiversidade nos últimos 35 anos. Além do aumento populacional, a demanda gerada pelo ser humano dobrou por conta justamente do aumento do consumo individual.

Se compramos uma roupa nova, raramente consideramos que foi necessário cultivar algodão, processá-lo, fabricar a peça, empacotá-la, transportá-la. Se embarcamos em um avião, não pensamos que cada componente dele vem da natureza. É uma espécie de "ilusão de ótica", diz o professor da UFRJ José Augusto de Pádua, já que continuamos tão dependentes da natureza quanto nossos ancestrais.

Ao mesmo tempo em que não costumamos pensar nessas relações, o que consumimos diz muito sobre nós. "Consumir é comunicação", diz a cientista social Fátima Portilho, autora do livro Sustentabilidade ambiental, consumo e cidadania. "Através dos bens que uso eu também digo quem sou. Eles determinam o status na sociedade." E, para ela, não há nada de mau nisso: em qualquer cultura, bens materiais marcam fronteiras e dizem quem é quem na hierarquia social. Fátima considera um erro do movimento ambientalista tachar o que é "certo" e "errado".

O problema é que os recursos estão se exaurindo - e, o que é pior, por causa de uma minoria privilegiada. Uma pesquisa do Worldwatch Institute, "O Estado do Mundo 2004", mostrou que apenas um quarto dos habitantes do globo consomem acima de suas necessidades. Metade da população consome até a quantidade necessária para a sobrevivência, e metade disso, abaixo do que precisa.
De modo geral, o consumo está profundamente associado às carências e frustrações da vida contemporânea. "Muitas vezes ele supre uma fantasia: 'Se eu comprar tal roupa, serei mais bonita, poderosa, feliz'", diz a psicóloga Denise Ramos, da PUC-SP.

Se o consumo é um elemento tão fundamental no imaginário e na vida das pessoas, ele pode se tornar também um instrumento poderoso. Em uma pesquisa do Akatu, mais de 50% dos entrevistados disseram acreditar que o que compram define quem são. "Fica claro que, ao escolher empresas responsáveis, eles estão praticando um ato de cidadania", diz Helio Mattar. Sendo assim, se é impossível fugir do consumo, o jeito é abraçá-lo da melhor maneira. É o que Fátima Portilho chama de "politização do consumo". Segundo ela, de maneira crescente, o ato de escolher e usar produtos tem se tornado uma ação política ao lado de práticas tradicionais, como o voto. "É na esfera do consumo que as pessoas percebem que podem fazer alguma coisa. Com a internet, mais acesso à informação, o consumidor está cada vez mais ativo no mercado". (...)

Os especialistas são unânimes: não existe receita para ser um consumidor responsável. Há diversos sites, como o www.climaeconsumo.org.br, em que o visitante pode calcular sua pegada ecológica, o rastro de degradação ambiental deixado por seus hábitos. O site do Akatu traz o Teste do Consumidor Consciente, com uma série de perguntas para avaliar como o visitante pode tornar seus hábitos mais sustentáveis.

Em que você pode ajudar?

- Passe algumas das horas que gastaria nas compras visitando pessoas queridas, que você viu pouco no ano.

- Planeje os gastos, estipule um limite de despesas e não saia dele. Se comprar a crédito, atenção aos juros. Faça prestações que caibam no orçamento.

- Escolha presentes alternativos, reciclados, produzidos artesanalmente, de pouco impacto ambiental e feitos para durar.

- Dê presentes simbólicos: um texto escrito por você ou do qual goste; uma canção que marcou o ano, uma entrada para visitar uma exposição.

- Reflita antes de comprar: o presente é realmente do gosto do presenteado? É um gesto de real amizade ou apenas um "genérico"?

- Doe o que você não usa, proporcionando uma vida melhor a quem precisa.

- Diminua o uso de embalagens, preferindo as que possam ser reutilizadas.

- Recicle e dê cara nova a tudo o que for possível.

- Não compre produtos piratas ou contrabandeados, que contribuem com o crime organizado.

- Use luzes de baixo consumo.

- Compre o necessário: evite exagero de alimentos e bebidas. Se possível, escolha alimentos orgânicos e locais.

- Opte por comprar produtos de empresas social e ambientalmente mais responsáveis.

domingo, 28 de agosto de 2011

Estudo analisa representação feminina em capa de revista

Um estudo da Universidade de Buffalo, nos EUA, que será publicado na edição de setembro do periódicoSexuality & Culture, analisou a sexualização de homens e mulheres nas capas da revista Rolling Stone nas últimas três décadas. A pesquisa concluiu que aumentaram as representações erotizadas de homens e mulheres, mas as imagens hiper-sexualizadas do sexo feminino cresceram em um nível bem maior.[Leia mais]

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Por que os alunos não gostam de estudar?

Muito se fala que é preciso melhorar a educação do Brasil, por isso é preciso aumentar o salário do professor e melhorar a estrutura física da escola. De fato, isso é necessário. Mas uma das coisas que falta na educação nesse país (que não é tão dito) é fazer o aluno gostar de estudar. O fim da educação são os alunos, logo, mesmo que os professores tenham um excelente salário e as escolas uma ótima estrutura física, não haverá o principal, ou seja, alunos com prazer de estudar.

Alguém pode até dizer: “se os professores não tiverem um salário justo e as escolas estruturas decentes, os alunos não vão gostar de estudar.” Eu discordo desse pensamento. Primeiro que a questão do salário do não deve tirar o gosto e a motivação do professor de lecionar, então, para o aluno o que importa é a motivação e o prazer do profissional em trabalhar. O jogador de futebol sente prazer em jogar, independente se é num clube sem expressão nenhuma ou se é num de expressão nacional. Um pintor sente prazer em pintar, mesmo que não seja reconhecido por isso. Um cantor gosta de contar, mesmo que seja num barzinho qualquer, e não num grande evento.

Com relação à estrutura da escola, podemos fazer igual comparação. Pergunte a um aluno que gosta de jogar futebol se ele sente prazer em jogar em um campinho de terra batida, você acha que ele vai dizer: “não, só gosto de jogar em campos oficiais”, ou vai dizer: “sim, gosto muito”. Certamente a segunda opção. Então, o que vai fazer a diferença para o aluno não é a estrutura física da escola (mesmo que tenha sua relevância).

Agora o leitor pode perguntar: “mas, e as escolas privadas?” elas são uma prova que o que faz o aluno gostar de estudar não é a estrutura física da escola e professores com salários altos. Isso mesmo. Quem disse que os alunos de escolas particulares gostam de estudar, eles são obrigados porque sabem que os pais estão pagando para eles estarem lá. O ser “estudioso” não sinônimo de uma placa na testa do aluno dizendo: “adoro estudar”, pelo contrário, ser “estudioso” está mais para uma obrigação e sacrifício, seja para os alunos de escolas particulares e públicas.

Então, por que o aluno não gosta de estudar? A pergunta mais adequada seria: “por que o aluno deveria gostar de estudar?” acho que o problema está no QUE é no COMO é ensinado aos alunos. O modelo de ensino que existe faz o aluno DECORAR coisas que NÃO FAZ NENHUM SENTIDO para ele. Ou seja, o aluno passa uns 10 anos decorando coisas que ele não sabe o motivo. Para quê? Para quando ele for fazer uma prova de vestibular (se ele quiser fazer) ele marcar as questões certas. Conclusão: o aluno passa mais de 10 anos estudando decorando coisas que não significam absolutamente nada para ele, português, matemática, história, biologia, física etc, para um dia se ele quiser fazer um vestibular ou concurso (talvez os pais forcem ele) marque o maior número de possíveis questões de maneira correta. Fim.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A ciência adverte: fumar maconha emburrece

Um recente estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) acaba de ratificar o que já havia sido objeto de pesquisa em outros países: o hábito de fumar maconha frequentemente, mesmo que em pouca quantidade, pode danificar seriamente a área do cérebro responsável pela memória. Por sua vez, [...] a chamada “corrente progressista” - são cerca de 190 milhões de usuários no mundo segundo a ONU - que luta pela legalização do cultivo, venda e consumo da maconha, acaba de sofrer um duro golpe. Nos EUA, a Califórnia, primeiro estado a oficializar o uso medicinal da cannabis em 1996, rejeitou, em referendo popular, tal proposta. Mesmo para uso medicinal o uso da maconha foi ainda rejeitado, pela corrente de conservadores, nos estados de Oregon e Dakota do Sul. Medida de bom senso contra uma droga, com seu componente psicoativo (tetrahidrocannabinol - THC), cada vez mais potente hoje - vide a maconha hidropônica - que nada tem de tão recreativo assim. [Leia mais]


segunda-feira, 4 de julho de 2011

É difícil ser honesto...

É difícil se posicionar a favor do que é certo e coerente. Não é fácil expor uma opinião quando a maioria das pessoas discordam dela, igualmente difícil é discordar de alguém ou de um grupo de pessoas, principalmente quando elas estão numa situação que lhes permitem prejudicar quem os critiquem. Será que um empregado criticaria seu patrão? O aluno o professor? O fiel o pastor? A demissão, a reprovação, o disciplinamento ou excomunhão, são perigos que ameaçam aqueles que discordam, que tem um senso crítico e buscam ver as coisas como elas são, que pensam diferente...

São males de uma sociedade movida pelos jogos de interesses, onde as pessoas são induzidas a “fazer vistas grossas” ante a uma realidade passível de crítica. Não posso criticar meu professor que fica “enrolando”, que não dá aula, porque ele pode me reprovar, não posso criticar a administração do município porque corro o risco de perder o meu emprego (se for “apadrinhado”), não devo criticar uma autoridade porque ele é um parente meu; são exemplos de situações presentes em nossa sociedade. As pessoas temem falar verdades, de serem honestas e coerentes por se venderem, ou por medo e receio da imposição política e social vigente.

É igual ao jogador de futebol que ao término de um jogo, após uma vitória conseguida com um gol claramente irregular, é perguntado: “seu time foi beneficiado?” e ele responde: “não.”

Infelizmente é assim. Tem uma frase que ouvi numa propaganda e que eu gosto muito, diz assim: Às vezes não é fácil fazer o que é certo, mas você sempre ficará feliz quando fizer.” Pense nisso.

domingo, 3 de julho de 2011

"Assistir TV emburrece"

Uma polêmica que está sempre indo e vindo, virou hit com os Titãs ("a televisão me deixou burro muito burro demais") e é alvo de inúmeros estudos científicos volta à tona a partir de uma nova e enorme pesquisa da Universidade de Montreal, no Canadá: assistir à televisão emburrece as crianças, como mostra reportagem do The Independent. Os cientistas acompanharam 1.314 crianças nascidas em Quebec entre 1997 e 1998, com idades entre 29 meses (2 anos e meio) e 53 meses (4 anos e meio) até chegarem aos 10 anos. Seus pais precisavam relatar quantas horas os filhos assistiam à TV e os professores avaliavam a evolução acadêmica delas, suas relações psicossociais e seus hábitos de saúde. Em média, as crianças de 2 anos assistiam a 8,8 horas por semana à TV e as de 4 anos, uma média de 15 horas por semana. A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira no Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine.

terça-feira, 7 de junho de 2011

"Ainda sobre a greve"

O discurso de que os alunos são os únicos que saem perdendo, que os professores são insensíveis, que a greve é uma arma usada por facções política de extrema esquerda, e etc, etc, etc, é disseminado em todas as greves. Esse discurso não passa de meia verdade, e “meia verdade é uma mentira disfarçada” já dizia o cantor evangélico Jair Santos em uma de suas canções.

Meus amigos, o aluno está perdendo desde o primeiro dia em que ele pisa o pé na sala de aula de uma Escola Pública. O tratamento que o poder executivo dar a educação é por demais ineficientes. Nas Escolas Estaduais o número de bolsista é espantoso, o salário pago aos professores é péssimo, o desestímulo para trabalhar e estudar é visível, a estrutura física das Escolas é terrível (as exceções são as Escolas que receberam verbas Federais),...

Então, como é que somente agora, em plena greve, o discurso vem a tona? Não dá pra perceber que esses alunos estão prejudicados há muito tempo não? Será que não podemos mais lutar por nossos direitos porque, caso isso ocorra, o aluno sairá prejudicado mais uma vez? Quer dizer que só os professores é que devem sentir dó dos alunos?

Esse discurso é prato cheio pra o governo. Culpar os professores pela perda de aula que os alunos estão tendo na greve é por demais cômodos para o executivo. O VERDADEIRO CULPADO É O GOVERNO.

A comunidade deve entender de uma vez por todas que o professor é um profissional como outro qualquer. Ele tem família, direitos e deveres, precisa trabalhar com dignidade, precisa se capacitar,...

É público e notório que esse tratamento dado ao professor é o motivo pelo qual muitos alunos tem procurado outras profissões deixando o magistério para os que não conseguiram ter sucesso na vida. Salvo algumas exceções, é claro.

Nessa história as vítimas são alunos e professores.

Fonte: Blog do Professor Josiel

Nota: É isso. Cria-se um discurso hipócrita, de que “com a greve quem são prejudicados são os alunos”. Ora, se o Estado se preocupa tanto com a educação dos alunos, por que não prioriza a educação desse país? Por favor, é educação no Brasil nunca foi prioridade, isso é um fato, e encima desse fato podemos afirmar, sem medo, que: os prejudicados são os alunos, professores, garis, presidiários, aposentados, donas de casa, agricultores, e quem mais viver nesse país chamado Brasil.

É muito conveniente agora dizer que “o aluno vai atrasar o ano letivo” ou “vão se prejudicar nos exames seletivos”. A professora Amanda Gurgel falou uma coisa interessante, ela disse: “Tirem da cabeça essa idéia errônea de que professor em sala de aula é sinônimo de educação de qualidade.” A visão que eu tenho de uma educação de qualidade não se resume a terminar o ano letivo na data estabelecida, também não diz respeito ao aluno no vestibular marcar questões corretas e fazer uma boa redação para ser aprovado. Mas o Estado quer colocar na cabeça das pessoas que se os alunos chegarem ao final do ano aprovados (sem greve nenhuma para atrapalhar) tudo está bem. Mas não está, e é preciso uma greve, como essa, para que isso seja lembrado.

É preciso mudança, e isso só vai acontecer com luta, e infelizmente nas lutas existem perdas, que não são apenas para os alunos. Eu pergunto: se com a greve, que visa mudança, mudança para uma educação de melhor qualidade, os alunos são prejudicados, e sem a greve, ou seja, com o conformismo diante da educação atual, quem é que se prejudica?

quinta-feira, 26 de maio de 2011

“DENÚNCIA NA RPC”

“No programa de Orlando Peres, na rádio RPC, no final da manhã de hoje, foi feita uma denúncia sobre a poluição sonora nos finais de semana em nossa cidade.

“De acordo com a denúncia, no sábado, em frente a casa de shows Portal do Sol, existe uma disputa entre paredões de som que os moradores não suportam mais. Pedem as autoridades que tomem as devidas providências.”

FONTE: Upanema News

Nota: Só ouvir aquelas músicas que tocam perto do portal no final de semana já é desagradável (forró, predominantemente), imagine ouvi-las num volume alto numa disputa de paredões, é uma verdadeira tortura. Parabéns para quem fez a denúncia.

Mas só que há uma coisa, quem fez a denúncia tem o direito de fazê-la? Tem. Por quê? Porque a liberdade do outro vai até onde não viola a do seu próximo, nesse caso, ouvir música num volume muito alto, violando o direito de outras pessoas de ter o mínimo de silêncio, para estudar, descansar etc. A pergunta que eu faço é seguinte: essa pessoa, ou qualquer outra, teria o direito de fazer essa denúncia no período de carnaval? Pois se temos uma época do ano que as pessoas sofrem mais com poluição sonora, esse é o carnaval.

Se não temos, significa que durante todo ano há o direito de não sofrer com esse tipo violação, mas no carnaval perdemos esse direito. (Ora, ninguém tem o direito de agredir fisicamente outra pessoa, por exemplo, mas, segundo essa lógica, poderíamos ter um período no ano em que as pessoas poderiam fazer isso.) Mas se a resposta for sim, por que então é violado no carnaval? Será que se alguém denunciasse que o trio elétrico não está deixando o cidadão upanemense dormir, o trabalhador, o idoso, o doente, ou a dona de casa, por exemplo, será que providências seriam tomadas?

O fato é que as autoridades têm ciência desse desrespeito, e, pior, a maioria das pessoas que se incomodam esse tipo de coisa já se acostumaram isso.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ou a greve ou o conformismo

Ouvi uma pessoa dizer, com relação à greve, que os professores não deveriam entrar em greve, pois “quando escolheram essa profissão já sabiam que iriam ser desvalorizados”. Temos revelado nessa declaração uma mentalidade, não sei se compartilhada por muitas ou poucas pessoas, mas que está presente em nossa sociedade. A mentalidade de que já que o professor antes de exercer a atividade docente sabia que sua profissão era desvalorizada, então não deveria reclamar por melhores condições de trabalho, assim, a greve é ilegítima.

Se essas pessoas, contudo, tivessem o mínimo de cuidado e analisassem a história perceberiam que muitos dos direitos e liberdades que temos hoje em dia não caíram do céu ou surgiram num passe de mágica, mas foram com muitas lutas, de caráter político e social. Sem luta, as mulheres não teriam o direito ao voto; sem luta os negros não teriam os mesmos direitos dos brancos; sem luta os trabalhadores das fábricas estariam trabalhando 18 horas por dia, não tendo direito as férias, a um descanso semanal e a um salário mínimo; sem luta o Brasil estaria ainda numa ditadura.

O direito ao voto, ao salário mínimo, as férias etc, foram frutos de muitas lutas, e por isso temos esses benefícios; não foram os políticos e governantes que com muita boa vontade buscaram beneficiar os desfavorecidos. Se os que lutaram no passado por essas conquistas pensassem como a pessoa que fez aquela declaração, não teríamos muito do que possuímos hoje. Dizer que os professores não devem fazer greve, mas se conformar com o quadro atual, devido essa situação está colocada a muito tempo, é, com todo respeito, um pensamento medíocre.

“Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve
Você pode e você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver

Trecho da música “Até quando” de Gabriel O Pensador

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Nos interessa?

No dia 29 de Abril (amanhã) será realizado o casamento do príncipe William, filho da princesa Diana, com Kate Middleton. Assim, a mídia, de maneira geral, tem falado muito desse evento, havendo, inclusive, emissoras que irão transmiti-lo ao vivo, como a Globo e a Record News aqui do Brasil.

Contudo, temos que fazer uma pergunta. Esse casamento é importante, no que tange nossa realidade? Ou seja, em que sentido esse evento da nobreza britânica nos interessa, como cidadãos brasileiros? Se pensarmos um pouco chegaremos a conclusão de que essa união matrimonial não tem nenhuma importância para nós, ou seja, “tanto faz como tanto fez”.

Não quero dizer que esse evento não deveria ser noticiado, mas que, o mesmo, não deveria fugir da mera notícia.

Entretanto, o que vemos na Rede Globo, principalmente, é uma divulgação excessiva de um acontecimento sem importância alguma para a sociedade brasileira. O “Jornal Nacional” deveria, em tese, informar e conscientizar as pessoas de questões pertinentes (que são muitas) a nossa realidade, mas ao invés de conscientizar a população, o “JN” aliena as pessoas com noticias fúteis, como a desse casamento. Coloca-se na cabeça das pessoas que o fato de William e Kate Middleton casarem, ou não, é nos interessa.

Esse é mais um exemplo de que a maior parte da mídia, encabeçada pela Globo, não tem comprometimento com a sociedade, isto é, em desenvolver-lhe o mínimo de senso crítico, para a formação de uma nação mais consciente e atenta ao que realmente nos interessa, pois enquanto muitos se deixam enganar pelo “Jornal Nacional”, acreditando que o casamento do príncipe tem alguma importância ou que o fato de que “Ronaldinho” jogar ou não domingo, nos interessa de alguma forma, os políticos continuam nos roubando, muitas pessoas continuam na fome e na miséria, e muitas continuam mergulhando no mundo do crime e das drogas.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

"Dez estratégias de manipulação midiática"

O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “Dez estratégias de manipulação” através da mídia:

1. Estratégia da distração. O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de se interessar pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).” [Leia mais]

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O “bom fanatismo”

O ser humano é um ser que age, e suas ações são movidas por interesses e necessidades várias, desde as mais básicas, como se alimentar, até as que podemos chamar de dispensáveis, como estudar para passar no vestibular. Entretanto, o homem é também um ser sentimental, ama, se apaixona, tem ciúmes e tem afinidades, logo, os atos humanos são impulsionados também pelo seu emocional. Todos nós somos assim. Contudo, quando nossas paixões excedem os limites do bom senso, ou seja, quando passamos a querer impor nossa maneira de ver o mundo as outras pessoas e não aceitamos os outros pontos de vistas, seja na religião, na política ou no esporte, nos tornamos cegos pelas nossas crenças. Nos tornamos fanáticos.
Obviamente quando alguém age de maneira intolerante e irracional ela e seu ponto de vista perdem em grande parte sua credibilidade. Mesmo assim, muitas vezes aceita-se o fanatismo e até chega-se a vê-lo como uma coisa boa. Se um pastor quebrar uma imagem católica, ele será, certamente, duramente criticado, e com razão, pois esse ato é totalmente condenável. Mas se um torcedor de algum clube de futebol agredir verbalmente árbitro ou um jogador de futebol, ele está sendo fanático? Com certeza. Ele será criticado por ser fanático? Provavelmente não. Por que o fanatismo do torcedor é aceitável e o do líder religioso não?. Já ouvi muitos comentaristas de futebol dizer o seguinte de torcedores vândalos e assassinos: “Isso não são torcedores, são criminosos!” Agora eu pergunto, pessoas que batem, ofendem e matam por um clube não são torcedores? Se não são, o pastor que chutou a imagem não é pastor, também, o político que rouba não é político, o padre que alicia não é padre, e assim por diante. Isso não faz sentido. Pensar assim é hipocrisia.
Quando um comentarista ou apresentador de algum programa esportivo diz que “Isso não são torcedores, são criminosos!”, revela-se qual é o seu verdadeiro comprometimento, isto é, ganhar audiência puxando o saco dos muitos torcedores (fanáticos) desse país. Quando se tem em primeiro lugar o comprometimento com a conveniência para conseguir audiência perdi-se o comprometimento com a honestidade e verdades dos fatos. Aí já não se é mais fanático, mas tendencioso.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Crença e descrença

Vivemos num país contraditório. Isso não é nenhuma novidade, acredito eu, para a maioria das pessoas; se por um lado vivemos num país rico, por outro, essa riqueza é mal distribuída entre a população. Em outras palavras, somos um país capitalista. Mas a contradição não está apenas na violência, miséria, fome, analfabetismo etc, está também nas crenças que, de maneira geral, a sociedade tem.

Vejamos. Já escutei várias vezes muitas pessoas afirmando categoricamente que “todo político é ladrão”. Quando discutimos temas referentes à política, corrupção e honestidade, seja na escola, no trabalho, na rua, na internet, no rádio ou televisão, percebemos uma descrença muito presente no povo com relação ao caráter dos políticos. Temos uma generalização.

Contudo, se por um lado temos uma sociedade quase que totalmente descrente sobre determinados assuntos e/ou classes de pessoas, por outro, as pessoas, no geral, acreditam quase que cegamente em outras coisas e/ou pessoas. Não é difícil ouvir alguém dizendo: “É verdade, passou no Jornal Nacional”. É aí que está, se as pessoas estão sempre “com um pé atrás” com relação à honestidade de um prefeito ou deputado, por exemplo, elas também estão cegadas pela ingênua crença de que o que é mostrado na televisão (especialmente nas grandes emissoras, como Globo e Record) é a “verdade” absoluta e inquestionável.

Temos uma contradição em nossas crenças e descrenças. Por isso as pessoas são, muitas vezes, usadas com “massa de manobra”, não pelos vereadores ou senadores, mas pela televisão, jornal, revista, rádio etc., pois não questionamos sua honestidade.

"A mídia não é apenas a mensagem. A mídia é uma massagem. Estamos constantemente sendo acariciados, manipulados, ajustados, realinhados, e manobrados." (Joey Skaggs )

quinta-feira, 31 de março de 2011

"Sob o império da bobagem"

"No conto 'A muralha e os livros', do escritor argentino Jorge Luis Borges, ele nos fala de um imperador chinês chamado Che Huang-ti, que mandou queimar todos os livros antes dele e que ordenou também a construção da Muralha da China. Queria dar inicio à história a partir dele e, consequentemente, apagar o passado. Nenhum registro do passado, como se nada houvesse ocorrido. Tudo começa a partir dele e a muralha é uma espécie de extensão do próprio ego. A partir desse breve apanhado do texto de Borges, ocorreu-me falar de um império imposto hoje à sociedade: o império da bobagem. Se o imperador chinês achou por bem dar fim aos livros para aniquilar a história, o distanciamento dos livros, a não leitura e a não recorrência provoca, a meu ver, determinado aniquilamento dos livros, consequentemente, da nossa história." [Leia mais]

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sensacionalismo

Ao ver essa foto logo nos lembramos da famosa história da menina do Sudão, que, devido a fome, estava nos últimos momentos de vida, enquanto o abrute, a espreita, esperava por sua morte para se alimentar da criança. Por fim, o fotógrafo, com remorso, se matou. Esta foto, e a história, chocou milhares de pessoas no mundo todo.

Entretanto, o jornal El Mundo provou que a história não foi bem assim. O El Mundo investigou e descobriu que a menina, na verdade era um menino, chamado Kong, e que a criança não faleceu no dia que foi tirada a foto, mas, segundo seu pai, 4 anos depois, acometida de forte febre. O animal não se alimentou da criança, mas das fezes dela. Kevin Carter (o fotógrafo) não se matou por remorso, mas devido a dívidas e vícios que tinha, e também abalado pela morte de amigos seus, e antes mesmo de ter fotografado o menino, ele já havia tentado o suicídio outras vezes. Além do mais, se olharmos bem veremos que Kong estava usando um uma fita branca nas mãos, segundo o jornal, essa fita indica que o menino recebia ajuda da ONU.

Isso mostra como os meios de comunicação fazem uso da fome e da miséria para fazer sensacionalismo, para enganar, chocar, vender e lucrar encima das desgraças contemporâneas, e não para ajudar a mudar a realidade crítica, como a do menino Kong.


FONTES:

http://novotempo.com/noticias/2011/02/21/conheca-a-historia-verdadeira-da-foto-de-urubu-que-espera-crianca-morrer/ e http://www.observa.com.uy/MasLeidas/nota.aspx?id=109206

sexta-feira, 4 de março de 2011

Todo mundo gosta?

“Vai começar o carnaval!”. Isso não segredo para ninguém, pois a mídia, principalmente a Globo (que é quem transmite os desfiles das escolas de samba, ou seja, ela é a emissora que provavelmente lucra mais com o carnaval), nos faz, querendo ou não, lembrar disso.

E é assim todos os anos. Mas será que “todo brasileiro gosta de carnaval”, como a Globo tenta colocar em nossas cabeças? Não, certamente. A Globo diz que todo brasileiro ama o carnaval, chega a parecer que é algo inato, ou seja, já nasce com cada um de nós; e se alguém disser que não gosta, é logo colocado como “careta” e “recalcado”, alguém que não é feliz e vive da “cara amarrada”. É isso que nos é imposto. Mas pesquisas mostram que não é bem assim. “Segundo estudo do Instituto Sensus feito em 2004 em todo o Brasil, 57% dos brasileiros não gostam de carnaval e somente 21% pretendiam brincar nas ruas ou viajar para brincar no carnaval. A pesquisa mostrou ainda que 49% dos brasileiros queriam descansar em casa no feriado e apenas 6% pretendiam viajar. Outra pesquisa, realizada no Espírito Santo pelo Instituto Futura, em 2011, entrevistou 408 pessoas e mostrou que mais de 60% dos capixabas não gostam dos dias de folia. Os principais motivos para rejeitarem a festa é que 17,3% preferem tranquilidade à agitação dos blocos e desfiles de escolas de samba, enquanto 14,5% reclamam do aumento da violência no feriado. Só que a mídia faz todo mundo pensar que carnaval e devassidão são manias nacionais. Não caia nessa.[MB]” (FONTE:http://www.criacionismo.com.br/2011/03/devassidao-virou-piada-no-pais-do.html)

A Globo e boa parte da mídia tenta colocar na nossa cabeça o que devemos gostar. Fazem isso nos fazendo pensar que todo mundo gosta disso ou daquilo, nesse caso, do carnaval. Não se deixe enganar, pense nisso.

"Vamos comemorar como idiotas
a cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais"

Trecho da música "Perfeição", do Legião Urbana


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Moral norte-americana

“Isso é um absurdo!”. Essa frase talvez sintetize bem o que o mundo há tempos atrás achou do caso da mulher iraniana que, acusada de adultério e de ter assassinado o marido, foi condenada à morte no Irã. Com isso os EUA e mundo ocidental fizeram criticas ferrenhas ao governo iraniano. Nada mais hipócrita. É claro que não há nada que legitime a condenação e assassinato de um ser humano. Esse ato é sem dúvida passível de revolta e crítica. Mas o problema nesse caso não está na crítica em si, mas que em quem a faz.

Ora, os EUA condenam a morte e matam quantas pessoas todos os anos? Muitas, certamente. Entretanto, não é sempre que se vemos os Estados Unidos sendo atacado pela mídia ocidental, a brasileira por exemplo. É engraçado como países como Irã, China, Iraque, Cuba, Venezuela e outros, são taxados de antidemocráticos e terroristas, e, em contrapartida, outros como os Estados Unidos são vistos como exemplo de país democrático, mesmo tendo sua história repleta de atos que eles próprios condenam. Genocídio, invasões, guerras e atos terroristas, como o que eles fizeram contra o Iraque, em 2003, para roubar o petróleo daquele país, caracterizam o surgimento, crescimento e apogeu norte-americano como potência no cenário contemporâneo.
Hoje o povo egípcio luta contra um governo ditatorial que já dura 30 anos. Ditatorial como o iraquiano de Saddam Hussein. O engraçado é que esse governo egípcio andou de mãos dadas com o governo americano. Achar que os EUA realmente se importariam com uma mulher condenado ao apedrejamento não faz nenhum sentido e é ingenuidade.
"Se matamos uma pessoa somos assassinos. Se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis." Charles Chaplin
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