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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Moral norte-americana

“Isso é um absurdo!”. Essa frase talvez sintetize bem o que o mundo há tempos atrás achou do caso da mulher iraniana que, acusada de adultério e de ter assassinado o marido, foi condenada à morte no Irã. Com isso os EUA e mundo ocidental fizeram criticas ferrenhas ao governo iraniano. Nada mais hipócrita. É claro que não há nada que legitime a condenação e assassinato de um ser humano. Esse ato é sem dúvida passível de revolta e crítica. Mas o problema nesse caso não está na crítica em si, mas que em quem a faz.

Ora, os EUA condenam a morte e matam quantas pessoas todos os anos? Muitas, certamente. Entretanto, não é sempre que se vemos os Estados Unidos sendo atacado pela mídia ocidental, a brasileira por exemplo. É engraçado como países como Irã, China, Iraque, Cuba, Venezuela e outros, são taxados de antidemocráticos e terroristas, e, em contrapartida, outros como os Estados Unidos são vistos como exemplo de país democrático, mesmo tendo sua história repleta de atos que eles próprios condenam. Genocídio, invasões, guerras e atos terroristas, como o que eles fizeram contra o Iraque, em 2003, para roubar o petróleo daquele país, caracterizam o surgimento, crescimento e apogeu norte-americano como potência no cenário contemporâneo.
Hoje o povo egípcio luta contra um governo ditatorial que já dura 30 anos. Ditatorial como o iraquiano de Saddam Hussein. O engraçado é que esse governo egípcio andou de mãos dadas com o governo americano. Achar que os EUA realmente se importariam com uma mulher condenado ao apedrejamento não faz nenhum sentido e é ingenuidade.
"Se matamos uma pessoa somos assassinos. Se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis." Charles Chaplin
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