O discurso de que os alunos são os únicos que saem perdendo, que os professores são insensíveis, que a greve é uma arma usada por facções política de extrema esquerda, e etc, etc, etc, é disseminado em todas as greves. Esse discurso não passa de meia verdade, e “meia verdade é uma mentira disfarçada” já dizia o cantor evangélico Jair Santos em uma de suas canções.
Meus amigos, o aluno está perdendo desde o primeiro dia em que ele pisa o pé na sala de aula de uma Escola Pública. O tratamento que o poder executivo dar a educação é por demais ineficientes. Nas Escolas Estaduais o número de bolsista é espantoso, o salário pago aos professores é péssimo, o desestímulo para trabalhar e estudar é visível, a estrutura física das Escolas é terrível (as exceções são as Escolas que receberam verbas Federais),...
A comunidade deve entender de uma vez por todas que o professor é um profissional como outro qualquer. Ele tem família, direitos e deveres, precisa trabalhar com dignidade, precisa se capacitar,...
Fonte: Blog do Professor Josiel
Nota: É isso. Cria-se um discurso hipócrita, de que “com a greve quem são prejudicados são os alunos”. Ora, se o Estado se preocupa tanto com a educação dos alunos, por que não prioriza a educação desse país? Por favor, é educação no Brasil nunca foi prioridade, isso é um fato, e encima desse fato podemos afirmar, sem medo, que: os prejudicados são os alunos, professores, garis, presidiários, aposentados, donas de casa, agricultores, e quem mais viver nesse país chamado Brasil.
É muito conveniente agora dizer que “o aluno vai atrasar o ano letivo” ou “vão se prejudicar nos exames seletivos”. A professora Amanda Gurgel falou uma coisa interessante, ela disse: “Tirem da cabeça essa idéia errônea de que professor em sala de aula é sinônimo de educação de qualidade.” A visão que eu tenho de uma educação de qualidade não se resume a terminar o ano letivo na data estabelecida, também não diz respeito ao aluno no vestibular marcar questões corretas e fazer uma boa redação para ser aprovado. Mas o Estado quer colocar na cabeça das pessoas que se os alunos chegarem ao final do ano aprovados (sem greve nenhuma para atrapalhar) tudo está bem. Mas não está, e é preciso uma greve, como essa, para que isso seja lembrado.
É preciso mudança, e isso só vai acontecer com luta, e infelizmente nas lutas existem perdas, que não são apenas para os alunos. Eu pergunto: se com a greve, que visa mudança, mudança para uma educação de melhor qualidade, os alunos são prejudicados, e sem a greve, ou seja, com o conformismo diante da educação atual, quem é que se prejudica?