
É difícil se posicionar a favor do que é certo e coerente. Não é fácil expor uma opinião quando a maioria das pessoas discordam dela, igualmente difícil é discordar de alguém ou de um grupo de pessoas, principalmente quando elas estão numa situação que lhes permitem prejudicar quem os critiquem. Será que um empregado criticaria seu patrão? O aluno o professor? O fiel o pastor? A demissão, a reprovação, o disciplinamento ou excomunhão, são perigos que ameaçam aqueles que discordam, que tem um senso crítico e buscam ver as coisas como elas são, que pensam diferente...
São males de uma sociedade movida pelos jogos de interesses, onde as pessoas são induzidas a “fazer vistas grossas” ante a uma realidade passível de crítica. Não posso criticar meu professor que fica “enrolando”, que não dá aula, porque ele pode me reprovar, não posso criticar a administração do município porque corro o risco de perder o meu emprego (se for “apadrinhado”), não devo criticar uma autoridade porque ele é um parente meu; são exemplos de situações presentes em nossa sociedade. As pessoas temem falar verdades, de serem honestas e coerentes por se venderem, ou por medo e receio da imposição política e social vigente.
É igual ao jogador de futebol que ao término de um jogo, após uma vitória conseguida com um gol claramente irregular, é perguntado: “seu time foi beneficiado?” e ele responde: “não.”
Infelizmente é assim. Tem uma frase que ouvi numa propaganda e que eu gosto muito, diz assim: “Às vezes não é fácil fazer o que é certo, mas você sempre ficará feliz quando fizer.” Pense nisso.